Somente Hoje - Chico Xavier

GENTE NOSSA - PORTO BELO

ALVINA SIMAS SANCHO - DONA VININHA

   Natural de Estaleiro Grande em Camboriú,nascida em 17 de julho de 1907,filha de João Simas e Cassemira Simas,casada com José Sancho,crescida na roça criada pela avó,mulher simples sempre muito dedicada a família.Lembra com saudade  das brincadeiras de criança ,entre elas a do passa anel e da feita raspando mandioca o CAPOTE, onde junto com as amigas numa roda,cada uma raspava a metade da mandioca e passava para a amiga raspar a outra metade.Comenta que quando o rapaz queria namorar a moça,ele raspava mais da metade,deixando pouco serviço para a moça.As bonecas feitas de pano,de abóbora ou da soca do milho,também fizeram parte de sua infância.

   A cantoria também fez parte e se emociona ao lembrar de algumas,entre elas a RATOEIRA,que era cantada quando estavam forneando ou raspando a mandioca no cafeeiro.

Ratoeira bem cantada

faz chorar

faz amar

faz padecer

faz o meu amor esquecer.

O marmelo é boa fruta

que dá na ponta da vara

quem rouba o amor dos outros

não tem vergonha na cara...

Mensagem deixada: " VÁ COM DEUS"

GENTE NOSSA - PORTO BELO

GETULINA SAMAGAIA

   Do tempo em que o caderno era uma lousa pequena que todos tinham que carregar debaixo do braço e que cada atividade era feita e apagada,guardada na memória,Porto Belo teve sua primeira normalista,Dona Getulina.

   Inteligente,estudiosa,tirou o terceiro lugar no colégio em Florianópolis,uma admiração para a época.Diretora da E.E.B.Tiradentes ,muitas foram as vezes em que não contendo-se em ensinar na escola,onde todos estudavam numa sala só,saia de casa em casa à passar seus ensinamentos.

   Desde o falecimento do pai,dedicou-se aos cuidados com os irmãos e sobrinhos,não chegando a casar.No tempo em que mulher tinha que ser submissa,sem instrução,devendo somente cumprir com os deveres do lar,uma mulher inteligente e determinada ,talvez não fosse vista como boa candidata a esposa.

   Amante da natureza e dos animais,adorava gatos e sempre era vista debruçada na janela,da antiga casa de madeira,rodeada por eles a espera de um afago carinhoso.Muitas gerações aprenderam a ler,escrever e a respeitar a natureza e os animais,através desta determinada mulher que não preocupou-se com os preconceitos da época e soube mostrar seu valor.

   Viva Dona Getulina !!!!!

(Entrevistada: Sra Alaíde Samagaia,sobrinha)