Baleia Branca

Baleia Branca

Hoje sem perceber,voltei ao passado

e lá estava eu mais uma vez olhando

a pista de carrinho de rolimã no Baleia Branca.

Senti o roçar das rodas na areia que sempre

insistia em ficar na pista .

Ouvi o cantar das rodas cada vez mais rápidas.

Hoje voltei ao passado

e percorri novamente cada volta da pista,

cada subida,sentindo no rosto o vento

da infância alegre e despreocupada.

As vezes o carrinho perdia a rota e saia da pista

 descontrolado,deixando a motorista com alguns arranhões.

Teve até quem precisou de alguns pontos para costurar uma pele muito preciosa.

Nos dias de maior coragem a decida era feita com  duas no

mesmo carrinho,agarradas,gritando alto,que saudade.

Hoje voltei ao passado e percorri as ruas,os jardins ,senti o cheiro das flores,

e melhor do que tudo isso,ouvi dona Rubélia  chamando pra tomar café

e vi seu Isaías chegando vestido com  o uniforme e a bolsa da malária.

O tempo pode mudar os lugares,levar as pessoas,

mas o que vivemos com amor,jamais esqueceremos.

Seu Isaías ,dona Rubélia,Zam,Déda e Luizinho.......nada mudou.