DONA NINA
Seu Vino Batista era o marido de dona Nina. Tinham cinco
filhos: Moacir, Hamilton, Iolanda, Newton e Erivan. Ele era comerciante em
Porto Belo e ela era agente do correio. Era muito nossa amiga e pertencia ao
mesmo partido político de meu pai, o Partido Liberal.
O telégrafo funcionava pelo telefone que era ligado a
Tijucas e Itapema. Os telegramas eram transmitidos pelo fone. Para esclarecer
mais as palavras eram usados códigos como: U de uva, M de Maria, K de Kátia, Y
de Yolanda, S de saudade, T de tatu, A de amor e assim todas as letras.
Por sua condição física sua vida era tumultuada. Dona Nina
era de estatura baixa, mas dona de um corpo muito bonito, tinha cabelos
castanhos claros e olhos bem azuis, era uma mulher bonita.
Foi com ela que eu estagiei na agência do correio, para
substituí-la mais tarde. Sua transferência para Ibirama possibilitou que eu
tomasse posse na agência de Porto Belo. Depois de alguns anos em Ibirama, ela necessitava
de uma telegrafista, e a esta altura eu já trabalhava em Itajaí e tinha feito
curso para trabalhar no aparelho Morse e encontrava-me apta para assumir as
funções de telegrafista.
Em Porto Belo havia iniciado trabalhar com dona Nina e
novamente com ela, agora em Ibirama passei a também a morar em sua casa, onde
fiquei por três anos.
Lá tive um grande apoio, não só dela, mas de toda sua
família, sempre fui muito bem tratada.
Seu Vino tratava-me com muito carinho, procurava o melhor
para agradar-me, no entanto era tido como um homem rude, mas era um bom cidadão
e um bom pai. Eu só tenho a agradecer à dona Nina, seu Vino e filhos. Moacir e
Yolanda já foram embora, mas Hamilton, Newton e Erivan continuam meus amigos.
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