"PARA QUE TUDO NÃO SE DESMANCHE NO AR"

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

FESTA


FUTEBOL


Sr NABOR - GENTE NOSSA


CONVERSANDO COM O SEU NABOR
Caminhando pelo Pier,encontro seu Nabor e parei para uma conversa sobre Porto Belo.Simpático e alegre,foi logo contando tudo que lembrava.Falou sobre infância,família,cidade,bailes,brigas,pesca,etc......
NABOR MANOEL DE ALMEIDA – 86 ANOS
DATA DE NASCIMENTO: 12/07/1926
Seu bisavô chegou aqui numa esquadra portuguesa e foi morar onde hoje é o Sertão do Trombudo.Chamava-se: Luiz Antônio Candido Alves  de Almeida
Avô : Donato Alves de Almeida
Pai: Candido Alves de  Almeida
Morava com os tios: Genuíno Pereira e Maria Itelvina Pereira

Dona Maria um dia sonhou com um caldeirão cheio de dinheiro enterrado num pé de café na frente do engenho,na ponta da enseada.Mas se achado,teria que ser dividido para o bem das pessoas e quem o encontrar terá que ficar somente com um pouco,pois ou se faz o bem,ou não se serve pra nada.

Conta que nasceu antes da hora,pois seu pai caçou um gambá pra comer e a mãe queria comer o gambá no feijão,porém ele não deixou.No outro dia ele nasceu,devido ao desejo não satisfeito da mãe.

Conta que sua vaca também perdeu a cria.Todos os dias ele a levava para pastar e ao passar por uma plantação de cana ela ficava olhando.Certo dia foi até a beira da cerca tentar comer,mas o dono da roça não deu nada a ela.No outro dia a cria nasceu morta.

Seu maior pesar é ter vendidos as vacas quando estava doente.
”Antes eu tinha o que fazer,agora estou parado demais.”
RECORDANDO PORTO BELO
BOTOS
7 anos lembra que estava indo para o Araçá e na praia onde hoje é a Pioneira, tinha 26 botos encalhados morrendo.Estavam atrás das tainhotas  a maré os levou até a praia e não conseguiram voltar.Foram todos enterrados lá.
TIO BALDO PEREIRA
Muito peludo era chamado pela mãe de urso.Certo dia ela muito zangada com as travessuras dele o pendurou numa árvore e fez uma fogueira com folhas de bananeira sapecando seus pelos.
FAMÍLIAS QUE MORARAM NA ILHA:
Mané Zéfa,Zé Correia,Miguel Quintino,Silvino,Adronico.
As famílias criavam muitas cabras,mas no verão muitos veranistas (alemães) comiam todas.
PROFESSORAS:
Maria Fernandes,Celina Peixoto,Eraclides,Lurdes,Nina
Recorda que uma vez foi levada a escola numa grande gaiola,uma águia branca para as crianças conhecerem.
CASTIGOS NA ESCOLA
Palmatória,joelho na areia,máscara

VÔ DONATO
Vô Donato passando os dedos em minhas fontes, sempre dizia a minha mãe: esse meu neto vai dar de boa idéia.
BALEIA
Lembra de uma que foi trazida da ilha para as pessoas verem,rebocada pelas canoas Garuva e Patente do Sr Canô.Um dos homens, comia pão com o toucinho da baleia.
BAILE
No Aliança era muito alegre.O Ernestinho (Biguaçu) era chamado e tocava o acordeon .
Na Rosinha Santo certa noite o Antônio Miliana jogou pimenta em pó no salão e pedra no telhado, formando a maior confusão e briga.Um foi empurrado no canto da porta e o Zico deu com o guarda chuva nele.A música tocava e o Zico batia.
“ Ai,ai,ai meu bem.Como vai você?
Vo navegando,vo temperado
Pra cima toda coisa muda
Pra baixo todo santo ajuda.”...(pof,pof,batia o Zico nele)
Na rua o Teodoro Moreira,Pedro, Lúcio o Zequinha, brigavam dentro do bueiro.Eu espiava tudo perto de um pé de café.
MELANCIA
Sempre me avisavam que quando fosse nas Bombas,”tu nunca apura melancia”,lá tinha muitas,pois os donos atiravam com sal na espingarda .


“NÓS SOMOS IGUAL A UM MOTOR,PAROU,ENFERRUJOU”

SERTÃO DO VALONGO

O tempo passa...tanta coisa para aprender,conhecer.....eu aqui parada....

Um sonho....estar lá....ouvindo...sentindo...vivendo...

Feche os olhos ..... e ..... dance....